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quinta-feira, 31 de março de 2011

Improdutivos (2º período) X Galetos (4º período)


Talvez seja por causa da sempre presente, embora um pouco acanhada, torcida feminina ou pelo entrosamento natural dos nossos garotos, o que importa é que estamos falando de um dos melhores jogos, senão o melhor, dos improdutivos. Com jogadas memoráveis, como passes de letra, gols de cabeça no ângulo, eles venceram mais uma vez o time dos Galetos, do 4 º período, permanecendo invictos na UF. Foi um jogo bonito de se ver, pro nosso lado só faltou gol do goleiro, sem contar que a tentativa foi quase alcançada com êxito.  Não tivemos grandes discussões, foi um jogo limpo.
 E assim ficou o placar :
Improdutivos                                  9
4                                      Galetos
                             Smurf                 3
                             Gustavo              3
                             Everton               2
                             Sericita               1


Valeu quem jogou, quem tava lá firme e forte assistindo, e o desafio está lançado, bora jogar com esses meninos ?

segunda-feira, 21 de março de 2011

Einstein!



"Época triste a nossa. Mais fácil quebrar um átomo do que um preconceito!"

21 de março !

Alguém por aí .



"Só vou deixar de gostar de você quando um pintor conseguir pintar o barulho de uma lagrima caindo",ele disse. Ela sem graça, sorriu. Não sei se ali já se gostavam, mas a certeza era de que se sentiam bem juntos, as conversas, eram amigos, antes de tudo. Naquela noite vazia, os dois voltaram juntos pra casa, ela voltou sã e salva, aquecida naquela blusa de moleton, grande demais pra ela, dele. De mãos dadas.


e só Deus sabe o que vai acontecer daqui pra frente, o que da pra perceber é que esse dia foi muito doido, pra ser verdade 


[pra B]

sábado, 19 de março de 2011

Cansei por Marina Lopes Vieira

Não faça o que eu faço por Marina Lopes Vieira

Vai vida muda outra vez ! por Marina Lopes Vieira

M por Marina Lopes Vieira

foi você por Marina Lopes Vieira

Quando a gente volta por Marina Lopes Vieira

engenharia por Marina Lopes Vieira

você por Marina Lopes Vieira

dúvida por Marina Lopes Vieira

ele por Marina Lopes Vieira

perdi por Marina Lopes Vieira

Eu que gosto tanto de você por Marina Lopes Vieira

antes de ir por Marina Lopes Vieira

maturidade por Marina Lopes Vieira

Mãe por Marina Lopes Vieira

segunda-feira, 14 de março de 2011

é hora de partir .

Demorou, confesso, um pouco mais que os outros, mas quando chega a hora exata de ir, dá uma vontade de ficar ...


As malas estão prontas, a cama arrumada, agora tenho que ir .


Minhas atualizações no blog podem ficar um pouco paradas por um tempo, ainda não tenho net onde vou morar, mas continuo escrevendo e quando tiver tempo : Com certeza estarei aqui !


Ai férias, esquisitas essas que eu tive ... Mas deixaram saudades, sempre deixam .


Muito obrigada por tudo, pelo que aprendi, pelo que recebi, pelos sorrisos, abraços e lágrimas.


Mas então é isso. Saudades já, 
                     mas os calouros me esperam .HAHAHA !(asuhasa)


Bye

terça-feira, 8 de março de 2011

segunda-feira, 7 de março de 2011

amigo novo por Marina Lopes Vieira

Não sei de nada por Marina Lopes Vieira

Essa é das antigas, sabe quando chega na aula de redação e a professora do ensino fundamental pede pra escrever uma poesia sobre um tema qualquer, pensando já que vai sair boba, então, e não é que saiu mesmo, mas mesmo assim deixar um lugarzinho pra ela aqui.


Eu cresci e continuo não sabendo de nada , hehe.

você é louco por Marina Lopes Vieira

Cada amigo nos marca de uma determinada forma, seja pela confiança, pela alegria. Longe, perto, amigo é sempre amigo e é sempre bom encontrá-los.





as vezes por Marina Lopes Vieira

Pouco tempo atrás por Marina Lopes Vieira

Janeiro, 2010

Mensagem por Marina Lopes Vieira

Setembro, 2010

menina por Marina Lopes Vieira

fora de casa por Marina Lopes Vieira

Pensão por Marina Lopes Vieira

Vale a pena viver por Marina Lopes Vieira

Poesia, com a qual eu ganhei um concurso de poesia na cidade da minha escola, com troféu e tudo, só não ganhei as palmas de todo o colégio porque o ônibus, como sempre, chegou atrasado naquele dia, nada que a alegria dos meus colegas de turma e da minha professora Ana, deixassem que eu me lembrasse.


Cante e conte - 2000 e alguma coisa . 
Tema : O nome do concurso mesmo.qualquer coisa assim...

domingo, 6 de março de 2011

poesia por Marina lopes Vieira

Seus olhos por Marina Lopes Vieira

necessidade por Marina Lopes Vieira


          2009 se findou, assim como o ano, os tempos de ensino médio também, 2010 chega louco, cheio de novidades, novos amores, a espera do resultado do vestibular é quase tão traumatizante, quanto fazê-lo.
          Enfim, após decisões difíceis, algumas coisas deixadas pra trás, de súbito fui levada para Belo horizonte, a menina que nunca havia passado tanto tempo fora de casa, era obrigada a fazê-lo imediatamente, o resultado do pro-uni tinha saído e era hora de aproveitar a oportunidade.
          Na casa de meus tios, fui recebida tão bem, foi pelo sincero apoio que eles me deram (e que apoio! Nem como agradecê-los por isso) e também aos amigos que fiz naquela cidade grande, que hoje sinto saudades daquela nova família que Deus tinha me dado.
          Quando cheguei na PUC, as aulas já tinham começado há um mês,não me importo de falar que foi o tempo da minha vida que eu mais chorei, mas corri atrás e fiz tão bons amigos que um dia desses, tenho de voltar lá pra reencontrá-los.(Sabrininha, Magno,Marina, Jéssica, Serginho, Rapha, Natália, Isa...). Tanta coisa aconteceu, o TAI, a copa, o cálculo I, as aulas de química com a Claudete, a monitoria, fui crescendo, me tornei uma pessoa mais forte e só agradeço a Deus por essa experiência.

            Num dia comum, recebi um telefonema, tinha sido reclassificada na federal, não sabia o que fazer, depois de muita conversa, cheguei a uma decisão, ao invés de ser uma engenheira de energia seria uma engenheira de produção.

           O início é diferente, é ruim talvez, mas tudo passa e você se acostuma, supera tudo.

saudade por Marina Lopes Vieira

boa garota por Marina Lopes Vieira

aliás por Marina Lopes Vieira

Queria por Marina Lopes Vieira

Irmã por Marina Lopes Vieira

Lu por Marina Lopes Vieira

sábado, 5 de março de 2011

Faculdade .



E NO INÍCIO, O COMEÇO: 
Entrar para universidade é sempre um marco na vida de qualquer indivíduo, principalmente por conta de todo o processo que isso envolve. E é sempre assim, lá está ele, o pobre adolescente, perdido no mundo, recém saído do 2º grau. Quando está quase acreditando que se livrou de toda essa bobagem de escola e estudo, alguém vem e o diz que ele deve escolher uma profissão, se preparar para uma coisa chamada vestibular e freqüentar um local hostil e desconhecido chamado faculdade. Ora bolas, qualquer um sabe que um adolescente sente dificuldade para resolver até o que vai comer na lanchonete, quanto mais decidir o que quer fazer do resto da sua vida. Mesmo despreparado, o jovem finge estar pronto e logo em seguida é atirado cruelmente numa rotina de estudos forçados, para tentar adquirir em um ano, todo o conteúdo que não conseguiu em uma vida escolar inteira que esteve atirando bolinhas de papel nos colegas. Com os nervos em frangalhos ele passa no final do ano por uma série de exames, que dizem querer avaliar os seus conhecimentos gerais, mas que na verdade não passam de um teste de resistência psicológica. E ele sobrevive! A primeira fase é moleza, se não entrar na faculdade pode tentar a vida como jogador de futebol: nunca uma série de chutes foi tão certeiro! E cruza na frente e chega na segunda fase, a prova é dissertativa mas ele sabe que todo aquele discurso que usava para enrolar os pais, amigos, e professores ainda ia servir para alguma coisa! E finalmente, esta lá, o nome da criatura na lista dos aprovados. Entrou! Ele respira aliviado. Finalmente após todo o sacrifício e sofrimento, poderia ir para a tal faculdade decidir o seu futuro a base de chopp e azaração. Agora no primeiro dia de aula ele percebe que o pesadelo não acabou, falta passar pelo último estágio da barbárie: o trote.

O TROTE 
In minidicionário Luft: “2. Zombaria, troça a que veteranos nas escolas sujeitam os calouros”
O trote é uma espécie de ritual iniciação aplicado nos novatos ou “calouros” da faculdade. É aplicado pelos outros alunos do próprio curso, os conhecidos “veteranos”. Ocorre normalmente nas primeiras semanas de aula e sua principal função é a “integração” entre os alunos novos e os antigos, de um mesmo curso.


O CALOURO 
Nas primeiras semanas de aula o calouro é uma presa fácil. Mesmo armado com a melhor roupa, o melhor cabelo, e a melhor personalidade, ele, que só descobriu onde fica a faculdade há três dias, se sente completamente desorientado. Não sabe onde fica o banheiro, em que sala vai estudar, o que vai estudar e por que ele está ali e não na praia! Um calouro sempre reconhece o outro pelo olhar perdido, ansioso, de quem quer a mãe. E por isso mesmo calouros sempre andam em bando, como as aves, que é para se orientarem. Embora todo calouro seja um ser humano, durante o trote ele é bicho, e portanto é tratado como tal. Normalmente os calouros dividem-se em: 


· Calouro Masoquista: Já no primeiro dia de aula ele sai a caça dos veteranos munido do kit-trote (composto de toalha, sabonete, roupa limpa, curativos, calmantes e gás paralisante). Sofreu tanto para passar no vestibular que acha que tem direito ao trote. Ele exige ser pintado, xingado, humilhado, e acha pouco! Fica sugerindo formas requintadas de torturas para os veteranos utilizarem com ele, e ajuda a zoar os outros calouros. É o primeiro da fila do vexame, e faz até poesia: “Me pinta, me borra, que no próximo período eu vou à forra!”. 


· Calouro Rebelde: Ele acha tudo uma palhaçada. O trote é palhaçada, pintar é palhaçada, faculdade é palhaçada, e se formar também é a maior palhaçada! E se encostarem em um fio de cabelo dele, ele chama a polícia ou então o Circo Garcia! 


· Calouro 171: Ele acha tudo tão legal, realmente adora o trote, mas... que pena! Não pode ser pintado porque tem alergia! Pôxa, também não pode participar das brincadeiras por causa da coluna. Pedágio não dá, ele tem hora marcada no médico. Chopp? Ele pode beber sim, o médico libera. Tudo bem para participar da choppada? Legal, então até lá!


· Calouro Carente: Ele não gosta do trote, mas prefere participar a parecer chato. Ele precisa de aceitação, quer ser amado. Como não suporta ter que sustentar a própria opinião, fica com a opinião da maioria. 


· Calouro Gandhi: É pelo boicote pacífico. Vem no primeiro dia, e se não gostar do que vê só volta no outro período, quando o trote já acabou. 


· Calouro Confete: Para ele tudo é festa! Quer pintar, pinta. Quer xingar, xinga. Ele não está nem aí e quer é mais. O negócio é acabar logo com o trote e partir para a melhor parte: a choppada. 


O VETERANO
Todo veterano já foi calouro um dia. Ser veterano é como uma espécie de promoção: se você sobreviver ao trote que lhe aplicarem, razoavelmente são, então tem condições de se livrar do 1º período, e passar o resto da sua estada na faculdade aterrorizando os calouros vindouros. Por isso, todo veterano conta secretamente os meses, esperando o dia do trote chegar. É quando finalmente ele vai poder ir à forra de toda a sacanagem que fizeram com ele. Muitos veteranos simplesmente ignoram o período de trote e seguem normalmente, outros não concordam, alguns vivem pelo trote, formando vários tipos: 


· Veterano Mestre: É quem está à frente do trote. Uma espécie qualquer de “líder”. O trote tem que parecer ter, mesmo que minimamente, alguma organização, afinal os calouros têm que pensar que aquela sessão vexatória ao qual são submetidos não é vã, tem um propósito sublime. É o Veterano Mestre quem recolhe todo o dinheiro dos pobres calouros e o dos calouros pobres, e é normalmente quem conduz as brincadeirinhas de péssimo gosto que são praticadas, assim como as gincanas. Costumeiramente este tipo de veterano foi um Calouro Confete típico, e o seu cujo único objetivo na vida continua sendo a choppada. 

· Veterano Feliz: É o que entra numa espécie de transe orgástico durante o trote. Zoar e pintar os calouros o traz um êxtase indescritível. O Veterano Feliz com certeza foi um Calouro Masoquista. Ele acha que tudo legal e tudo faz parte. Se deixar ele entra no trote de novo e se pinta junto com os outros. Como ele adorou ser xingado, acredita que os calouros também se deliciam quando são chamados de burros, idiotas, e coisas do gênero.


· Veterano Zangado: É o tipo mais sádico. Ele foi um Calouro Carente, odiou o trote mas suportou resignado. Agora os novatos vão sentir a sua ira, vai fazer em dobro o que fizeram com ele. Se ele agüentou, os outros vão ter que agüentar também. Faz questão de ser antipático. Como não tem muitas oportunidades de se auto afirmar, aproveita o trote para mostrar o quanto é mau, e provar que sim, apesar de ninguém notar, ele tem uma personalidade que o colega dele emprestou e depois não quis de volta. 


· Veterano Soneca: Está agora bocejando e achando o trote a maior perda de tempo do mundo. Acha tudo uma palhaçada. Aliás, desde quando ele era um Calouro Rebelde que ele achava tudo uma palhaçada. Até tenta protestar, mas não lhe dão muita atenção desde quando tentou colocar sua opinião quando era calouro. E como aquilo tudo lhe dá muito sono... Opa! Dormiu! 


· Veterano Dunga: Como bom Calouro Gandhi, o Veterano Dunga está mudo, meditando a validade do trote. Ainda não foi possível ouvir a sua opinião, porque parece que ele não fala. 


· Veterano Dengoso: É o ex-Calouro 171. Ele quer participar, adorou ser calouro e adora ser veterano. Mas pôxa! Não vai poder ajudar a organizar o trote junto com os outros. É que ele está de viagem marcada para Alemanha, onde vai comprar chucrutes! Mas no dia da choppada ele já está de volta, que coincidência! 

CALOUROS X VETERANOS
O encontro com os veteranos não é lá muito amistoso, principalmente se estes, fazem questão absoluta de serem o mais antipáticos e odiosos possível. Logo no primeiro contato, os veteranos explicam que tudo aquilo pelo que os calouros passarão é uma simples brincadeira. O calouro não é obrigado a participar, e se desejar, pode ir embora! É lógico que por conta disso ele não vai participar da choppada, não vai se relacionar com os outros veteranos e se tornará a pária do curso, eternamente mal visto e rejeitado. Mas ele só participar do trote se quiser! Afinal, para que ele precisa se relacionar com o restante do curso? Ele pode protestar, tem todo o direito, mas bem... vai ter que suportar o exílio. Mas, que isso gente! Ninguém ali obriga ninguém a nada! E se ele resolver participar tem que seguir as regras, sejam elas quais forem, entrou na chuva é para se molhar.
Durante o trote existem várias brincadeiras, que variam de curso para curso. Algumas são inofensivas e até divertidas, e o restante além de idiota e infantil, é também violento. Tudo o que ocorre no trote tem como objetivo arrecadar dinheiro para a choppada, portanto, no geral, o trote pode ser dividido em duas fases:


· Fase seca: É a fase inicial, onde o calouro se apresenta e é apresentado. Normalmente ganha um crachá de identificação com alguma frase ou figura de péssimo gosto, onde ele escreve o nome, o curso, e às vezes o apelido idiota que os veteranos lhe enfiam pela garganta abaixo. Esse crachá vale uma fortuna, se ele o perder, vai ter que vender a própria mãe para custear outro. Em seguida os calouros se submetem aos delírios de poder dos veteranos fazendo gracinhas para diverti-los. Os calouros dançam, rebolam, andam em fila “elefantinho”, cantam uns refrões pouco criativos e tudo mais que possa causar bastante constrangimento. Para arrecadar mais dinheiro, normalmente, acontece alguma gincana onde ele tem que trazer itens muito fáceis de serem encontrados como uma foto autografada do Reginaldo Rossi beijando os pés de Nossa Senhora do Rosário, e coisas do gênero, e pagando em dólar quando não trazem. 


· Fase molhada: Inaugurada com o batizado, onde os veteranos molham os calouros. Porém o que causa maior furor é, sem dúvida, a pintura. Isso acontece porque durante esta prática os veteranos têm a chance de retomar ao seu não tão distante tempo de infância, quando faziam pintura com os dedos no maternal. Em muitos casos além de tinta também são utilizados outros materiais como ovo, farinha de trigo, lama, e etc. Os veteranos aproveitam para exercitar seu dom artístico durante o trote e fazem pinturas surrealistas no corpo, roupa e cabelos dos calouros. Em seguida quando o indivíduo, completamente pintado, apenas lembra vagamente um ser humano, ele é atirado no pedágio. Ou seja, vai para algum espaço público onde vai ficar pedindo dinheiro aos passantes. Com a crise brasileira atual, a prática do pedágio está sendo muito difundida, inclusive com quem não pertence à nenhuma faculdade. Correm rumores que o Sindicato dos Pedintes está se articulando para tentar regulamentar a mendicância do trote enquanto profissão.
Após arrancar todo o dinheiro possível dos pobres calouros, todo o curso se dirige para o santuário acadêmico: o bar, e lá realizam o tal esperado ritual de união e confraternização: a choppada. 



A CHOPADA
O evento etílico mais esperado da graduação. É a etapa final de todo o ritual de iniciação chamado trote. Agora todos os veteranos vão para um bar junto com os calouros que sobreviveram e convertem todo o dinheiro conseguido em chopp. É neste momento que ocorre a verdadeira integração entre calouros e veteranos. Quando todos estão completamente bêbados, todo mundo integra todo mundo, e se desintegra no final em vômito na privada do bar. É na choppada que os calouros descobrem para que sofreram tanto com o vestibular: para freqüentar a Universidade do Chopp, e se formarem alcoólatras, e descobrem que só há três maneiras de se sair da faculdade: viciado, neurótico ou homossexual. 

DEPOIS DO FIM
Depois do trote, tudo volta ao normal. Os calouros voltam a ser universitários perdidos, os veteranos guardam seus instrumentos de torturas e capuzes, e, surpreendentemente, se descobre que eles são pessoas muito legais. O ritual da choppada prossegue a cada sexta-feira, e todos continuam se reintegrando e desintegrando pelo restante de sua vida acadêmica.
É claro que há diversos tipos de trote, com as mais diversas variantes, e alguns completamente diferentes do demonstrado. Há trotes, por exemplo, que visam arrecadação de alimentos, para ajudar instituições. Outros que procuram o equilíbrio entre as brincadeiras e o respeito aos limites do próximo, sem retaliação. No entanto a imensa maioria dos cursos prefere utilizar o chicote e a cara feia, num processo que tende a se perpetuar e intensificar.
Se os calouros gostam ou não, é um mistério. A verdade é que a maioria não reclama (pelo menos não para os veteranos ouvirem). Se o trote promove ou não a tal “integração”, também é um mistério, pois a grande maioria dos calouros espera ansiosa a oportunidade de ir à forra do que sofreram com os próximos calouros. Uma realidade é de que os trotes estão cada vez mais violentos, e pode-se concluir que, ou a necessidade de aceitação e passividade dos calouros é muito grande ou então que o número de masoquistas por metro quadrado na graduação está aumentando sensivelmente. Que o trote é importante, não há dúvidas. É algo inclusive desejado, uma espécie de comemoração. Só que por comemoração deve-se ler festividade incondicional sem nenhum tipo de opressão.
Não se pode culpar totalmente os veteranos, pois eles estão fazendo apenas o que lhes é permitido fazer. Se um calouro se opuser, ele vai sofrer retaliação, se todos os calouros se opuserem, novos métodos terão que ser implantados. Mas também não se pode absolver estes aprendizes de Sade, pois é necessário apenas um neurônio em reflexão para perceber que muita coisa que acontece no trote é desnecessária e agressiva para com o próximo, e que muito do que ele faz, é motivado principalmente por desejo de vingança pelo que sofreu. De graduandos espera-se um mínimo de maturidade e criatividade para atividades divertidas e conscientes. Seria importante corresponder. 

sexta-feira, 4 de março de 2011

Então ...



...ela saiu, pensou no que poderia ter feito diferente, e se sentiu ainda pior, outra vez. E não teria volta.
             Ultimamente, só dava passos errados, magoava pessoas e se sentia uma pessoa ruim, não saia de casa, porque não tinha amigos, o último que lhe sobrara tinha ido embora, pouco haviam encontrado, pouco tinham conversado, e agora com certeza, também magoado, não sabia o que fazer. Estava ficando doida. Confusa e só. Merecido.
             Aquelas datas, aqueles dias da semana, não a faziam lembrar de coisas boas, sentimentos melhores, lembravam-na do que já tinha passado, dos momentos que duraram tão pouco, e que a empurravam ainda mais para baixo. Dizer que ela estava morrendo por dentro, não sei, mas sabia que era complicado se viver.
            Não sabia mais fazer as coisas que gostava, não escrevia, muito menos conversava, mantinha-se calada, olhava para o lugar onde estava e chorava, porque não tinha porque estar ali, não fazia diferença pra ninguém. Não conseguia dormir, mas também não queria se levantar, se sentia vazia.
            Ela queria que tudo voltasse ao normal, sem saber que isso nunca existiu, pedia para Deus, ainda pedia, para que mudasse seu destino, ainda rezava. Não só por ela , mas por todos que lhe eram importantes. 
                                        Era triste, e rezava. Era ainda uma esperança.

Por tras de uma imagem forte, de que tudo está bem, ela vivia. tentava.
                                        Era triste, mas rezava. Era ainda uma esperança.

Mulheres


"Certo dia parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas. São espiãs. Espiãs de Deus, disfarçadas entre nós.

Pare para refletir sobre o sexto-sentido.
Alguém duvida de que ele exista?

E como explicar que ela saiba exatamente qual mulher, entre as presentes, em uma reunião, seja aquela que dá em cima de você?

E quando ela antecipa que alguém tem algo contra você, que alguém está ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento?

E quando ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco? Rio de Janeiro, 40 graus, você vai pegar um avião pra São Paulo. Só meia-hora de vôo. Ela fala pra você levar um casaco, porque "vai fazer frio". Você não leva. O que acontece?
O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas horas, depois que você já entrou, antes de decolar. O ar condicionado chega a pingar gelo de tanto frio que faz lá dentro!
"Leve um sapato extra na mala, querido.
Vai que você pisa numa poça..."
Se você não levar o "sapato extra", meu amigo, leve dinheiro extra para comprar outro. Pois o seu estará, sem dúvida, molhado...

O sexto-sentido não faz sentido!

É a comunicação direta com Deus!
Assim é muito fácil...
As mulheres são mães!

E preparam, literalmente, gente dentro de si.
Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um reles mortal?

E não satisfeitas em ensinar a vida elas insistem em ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral.
Fala-se em "praga de mãe", "amor de mãe", "coração de mãe"...

Tudo isso é meio mágico...
Talvez Ele tenha instalado o dispositivo "coração de mãe" nos "anjos da guarda" de Seus filhos (que, aliás, foram criados à Sua imagem e semelhança).

As mulheres choram. Ou vazam? Ou extravazam?

Homens também choram, mas é um choro diferente. As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar, um não sei quê de fragilidade, um não sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador sobre os homens...

É choro feminino. É choro de mulher...

Já viram como as mulheres conversam com os olhos?

Elas conseguem pedir uma à outra para mudar de assunto com apenas um olhar.
Elas fazem um comentário sarcástico com outro olhar.
E apontam uma terceira pessoa com outro olhar.
Quantos tipos de olhar existem?

Elas conhecem todos...

Parece que freqüentam escolas diferentes das que freqüentam os homens!
E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens.

EN-FEI-TI-ÇAM !

E tem mais! No tocante às profissões, por que se concentram nas áreas de Humanas?
Para estudar os homens, é claro!
Embora algumas disfarcem e estudem Exatas...

Nem mesmo Freud se arriscou a adentrar nessa seara. Ele, que estudou, como poucos, o comportamento humano, disse que a mulher era "um continente obscuro".
Quer evidência maior do que essa?
Qualquer um que ama se aproxima de Deus.
E com as mulheres também é assim.

O amor as leva para perto dEle, já que Ele é o próprio amor. Por isso dizem "estar nas nuvens", quando apaixonadas.
É sabido que as mulheres confundem sexo e amor.
E isso seria uma falha, se não obrigasse os homens a uma atitude mais sensível e respeitosa com a própria vida.
Pena que eles nunca verão as mulheres-anjos que têm ao lado.
Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres a maior parte do tempo.
Mas elas são anjos depois do sexo-amor.
É nessa hora que elas se sentem o próprio amor encarnado e voltam a ser anjos.
E levitam.
Algumas até voam.
Mas os homens não sabem disso.
E nem poderiam.
Porque são tomados por um encantamento
que os faz dormir nessa hora."



Luis Fernando Veríssimo