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sábado, 30 de novembro de 2013

Por onde andará?

"Eu gosto demais de você
Mas não quero saber de você

Então, deixa!
Que eu vou viver minha vida
Continuar minha rima
E desejar para que tudo lhe vá bem"

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

FELICIDADES

Utilidade pública para meninos desavisados

nunca diga pra uma garota seu passado. Sua irmã, sua melhor amiga, sua namorada, nenhuma delas ficará muito feliz por saber quem foi que te deu o primeiro beijo, quem te fez o melhor cafuné, qual foi a mais bonita. Você pode matar a curiosidade dela, ou pode simplesmente estar falando sobre assuntos que ela não gostaria de ouvir. De qualquer forma, o resultado não é bom.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Thanksgiving

Você tem que se agarrar em algo e ser forte. A experiência é incrível, as pessoas são incríveis, os lugares que estamos/fomos/iremos são incríveis. Há muito a ser conquistado ainda, há muito a ser transformado.

Sabe o que faz um lugar incrível ficar inesquecível? As pessoas: Quem te deu um abraço quando precisava, quem riu contigo, quem te deu um beijo, quem te escreveu um cartão, quem tava junto...
vendo aquilo tudo e fez daquele momento ainda melhor. Quem te fez crescer mais, mas tambem quem te fez mais criança. Quem te trouxe chocolate quente quando precisava, quem ficou preocupado contigo e te trouxe pra casa, quem falou vamo! Assim que você perguntou. Quem deixou o facebook aberto Quem pagou mico junto, quem foi rezar junto, quem foi pra Vegas junto, quem te enche o saco toda noite pra uma conversa boa, sensata ou não. Quem virou a noite junto, batendo papo, fazendo essay, preparando apresentação. Quem te faz sorrir mesmo numa aula chata de Writing. Quem não te deixa bater na professora de Writing. Quem te ouviu pra caralho quando você tava triste e quando não estava também. Quem tava aqui, mesmo não estando. As pessoas.

A melhor experiência da sua vida, o melhor dia da sua vida, a melhor coisa da vida, depois de Deus, são as pessoas.
É o que te da mais problema, mais pepino, mas mais graça pra vida da gente.

Esse Thanksgiving é pra agradecer tudo que eu recebi, as pessoas que são importantes pra mim, sejam as que eu conheci aqui e por aquelas que estão um pouquinho distantes. Deus tem me dado muitos presentes e agora ta na hora de agradecer. Rezo por cada um, amo cada um. E em cada um, em sua diferença, eu me descubro e me faço melhor. Obrigada por estarem comigo.
 
 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Lembra de quando me disse que se quisesse conversar era só chamar?

Tá de pé ainda? ;)

Let her go


"Only miss the sun when it’s starts to snow
Only know you love her when you let her go
Only know you’ve been high when you’re feeling low
Only hate the road when you’re missin’ home
Only know you love her when you’ve let her go"

segunda-feira, 25 de novembro de 2013


Está na hora de você aprender que as coisas mudam e se você não correr atrás daquilo que quer, nunca vai tê-la. As cartas estavam na mesa, o jogo praticamente limpo pra você. Você sempre aparecia, entre uma jogada ou outra, parecia querer, no fim das contas acho que só estava blefando. O jogo estava a seu favor e você não foi capaz de perceber e reagir. Você não fez nada.
Te vi assim que cheguei. O oi foi de longe e eu não estava bem o bastante pra te cumprimentar da maneira feliz que a situação pedia. Deixei pra lá. Você também não apareceu. Você não estava sozinho. E me aproximar eu não ia. Você vai dizer que é minha culpa. Mas agora não dá pra voltar atrás.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

saudade do caralho

saudade as vezes doi, diriam meus novos amigos cariocas: Pra caralho. Pra dar intensidade pra coisa toda, sabe como e?! Tem dias que a coisa la dentro nem diz nada, so vai crescendo, sorrateiramente (ja joguei essa palavra no tradutor pra usar na proxima essay). Num vem um pouquinho a cada dia, vem tudo de uma vez e te derruba, aprendeu mata-leao comigo, é foda quando você ensina pra pessoa errada. Vai vendo ai, ensinei pra saudade. Burro foi quem achou que ela mesmo sendo passageira era inofensiva, esse trem pode me matar cara, domingos aqui sao tensos, pior só quando vem do nada.

Sou bipolar. Senti a maior felicidade do mundo e em um minuto a chuva chegou (serio, choveu? Nada, aqui é deserto, taxa de precipitação 0%, por agora nem com dança de índio). Vou deixar passar, você não é bom com metáforas. Ainda mais que acabou de chover mesmo.


*Depois ela chegou. Fiquei a esperando na escada em frente a porta principal. Ela chegou e mudou minha noite, me fez companhia e foi embora.*

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Mandou muito nesse cartão você hein, só não to com inveja porque no meu aniversario você me deu um beijo.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Juju Dorii

Dori é foda
Eu tinha chegado em Tucson há poucas horas, na noite de uma terça-feira, muito bem recebida pelas americanas que cuidavam da recepção do dormitório onde seria minha casa por um bom tempo. Me surpreendi com minha capacidade de comunicação, o tempo de Wizard enfim valeu de alguma coisa. Molly e Jenn foram super receptivas, queriam saber mais sobre o Brasil, o que eu faria na universidade, me passaram as recomendações. Molly me mostrou onde era meu quarto, meu nome e de Zeljka, minha roommate estavam pregados na porta: Enfim Maricopa Hall, minha nova casa. Perguntei por outras brasileiras se já haviam chegado, pelos grupos na internet, sabia que haviam outras garotas como eu que ficariam no mesmo dormitório, foi por isso que fui levada a Liane. De Belém do Pará, Liane foi a primeira brasileira que me acolheu, foi do computador dela que mandei noticias pro Brasil que tinha chegado viva no deserto, me passou as primeiras instruções do que eu teria de fazer logo que amanhecesse para as aulas de inglês. Ter encontrado logo no primeiro instante uma pessoa tão calma e amiga foi um alívio, mais um presente. Levantei cedo, procurei pelo lugar onde faria as aulas de inglês, era perto, do outro lado da rua. (*Foi lá que encontrei Panda, fiz festa, cortaram meu barato e sozinha fui procurar onde fazia meu cat card (1)*). Feito, vi o laboratório de computadores ao lado (Macbooks!), cheguei a porta. Olhei pro lado um menino. Eramos dois perdidos, eu confesso que fiquei com vergonha, se ele falasse inglês comigo, com certeza as palavras fugiriam e eu me embaraçaria. Mas foi engraçado porque num instante parecia que eu já havia o visto antes, me lembrava alguém. "Brasileira?", ele disse. Só balancei a cabeça. Foi melhor que bom dia, me tirou um peso das costas, sem saber estava ali na minha frente um daqueles que seriam um dos meus melhores amigos de intercâmbio: Dorival!
 
 

Só Deus sabe como explicar o que hoje eu vejo em Dorival. Mais que um colega de intercambio, eu vejo um amigo que curte o que tem de curtir, que me faz passar vergonha, que caça os flogões alheios, que revive os tempos de Orkut com um post meu, que me ajuda a entender o que certos garotos pensam, que não tem tempo ruim seja pra assistir um filme, ir pra Vegas ou beber uma cerveja (em casa de árabe maluco, de brasileiros doidos ou num barzinho qualquer da University Boulevard). Hoje eu vejo um parceiro de Bud, de furada e balada. Hoje eu vejo um cara famoso (!) e que sabe levar com a mesma paciência qualquer zueira, acho que a gente sabe que no fundo é admiração (hehe). 

 
É por isso que Dori é Dori. Que o tempo passe, a amizade se fortaleça e que ela estenda até por terras brasileiras. Amém!




















*(1)*Não ligue se você não entender essa parte :P

Uma vez fui viajar e não voltei

Uma vez fui viajar e não voltei.
Não por rebeldia ou por ter decidido ficar; simplesmente mudei.
Cruzei fronteiras que eu nunca imaginaria cruzar. Nem no mapa, nem na vida. Fui tão longe que olhar para trás não era confortante, era motivador.
Conheci o que posso chamar de professores e acessei conhecimentos que nenhum livro poderia me ensinar. Não por serem secretos, mas por serem vivos.
Acrescentei ao dicionário da minha vida novos significados para educação, medo e respeito.
Reaprendi o valor de alguns gestos. Como quando criança, a espontaneidade de sorrisos e olhares faz valer a comunicação mais universal que há – a linguagem da alma.
Fui acolhido por pessoas, famílias, estranhos, bancos e praças. Entre chãos e humanos, ambos podem ser igualmente frios ou restauradores.
Conheci ruas, estações, aeroportos e me orgulho de ter dificuldade em lembrar seus nomes. Minha memória compartilha do meu desejo de querer refrescar-se com novos e velhos ares.
Fiz amigos de verdade. Amigos de estrada não sucumbem ao espaço e nem ao tempo. Amigos de estrada cruzam distâncias; confrontam os anos. São amizades que transpassam verões e invernos com a certeza de novos encontros.
Vivi além da minha imaginação. Contrariei expectativas e acumulei riquezas imateriais. Permiti ao meu corpo e à minha mente experimentar outros estados de vivência e consciência.
Redescobri o que me fascina. Senti calores no peito e dei espaço para meu coração acelerar mais do que uma rotina qualquer permitiria.
E quer saber?
Conheci outras versões da saudade. Como nós, ela pode ser dura. Mas juro que tem suas fraquezas. Aliás, ela pode ser linda.
Com ela, reavaliei meus abraços, dei mais respeito à algumas palavras e me apaixonei ainda mais por meus amigos e minha família.
E ainda tenho muito que aprender.
Na verdade, tais experiências apenas me dirigem para uma certeza – que ainda tenho muito lugar para conhecer, pessoas a cruzar e conhecimento para experimentar.
Uma fez fui viajar…
e foi a partir deste momento que entendi que qualquer viagem é uma ida sem volta.
(Marcelo Penteado)

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Manifesto viajante

O que eu quero não está na televisão e não há publicidade que possa me entreter – sequer a dou ouvidos.
O que eu quero só se pode sentir em movimento.
Nas idas sem voltas de novos caminhos, no ineditismo de boas caminhadas ou nas janelas que me oferecem vistas cintilantes.
O que quero só se pode sentir no silêncio incomunicável de um pôr do Sol que – posso jurar – não há câmera que o reproduza.
O que eu quero é presenciar a liberdade de me sentir tão solto e perdido, em meio a pessoas que não conheço, paisagens que não estou acostumado e climas que me são estranhos.
O que eu quero é sentir novamente a carência de rigores, que me desconecta de preconceitos e padrões, que me permite ser a versão mais sincera de mim.
O que eu quero é deixar meu olhar curioso.
Sorrir com espontaneidade, sentir minha sobrancelha arquear-se e desembrulhar cada minuto do meu dia como se fossem cartas embaralhadas pelo destino.
O que eu quero só se pode sentir na condição de carona – é quando o que estava rápido desacelera, uma porta se abre e o resto não mais importa.
Compartilhar momentos memoráveis com pessoas de outros países, continentes e realidades. Quando não descobrimos novas aventuras, descobrimos a nós mesmos. Ser diplomata da vida.
O que eu quero só se pode sentir depois de conversar horas com estranhos, beber novas culturas e brindar com novas palavras. Grandes amizades nascem assim. E amores também.
O que eu quero é aprender novas línguas – não para falar, mas para ouvir mais. Mergulhar em novos conhecimentos, sobrevoar novas religiões e pescar novos sentidos que me façam dar, à vida, uma chuva de significados.
O que eu quero…
O que eu quero só se pode sentir depois de percorrer estradas sem nenhum turista, subir montanhas com lendas locais e descobrir que tudo, na verdade, é especialmente único e perfeito. É descobrir que onde poucos chegam, muitos se encontram.
O que eu quero só se pode sentir depois de dormir em diferentes lugares e acordar olhando para tantos outros tetos. Ou às vezes estrelas – desprender-me: a liberdade de não pertencer a nada me permite, potencialmente, pertencer a tudo.
O que eu quero é silêncio.
Um momento presente de paz; e me conhecer. Gritar para o mundo que sou seu filho e escutar meu chamado ecoar, sem barreiras, até perder-se.
O que eu quero é ir mais longe, sentir o vento redesenhar meu rosto e ser contemplado com uma paisagem que me faça tirar os meus óculos escuros.
O que eu quero só se pode sentir quando o coração é a bússola. Das bandeiras que capitaneia minha alma; do sangue de explorador que desvirgina minhas veias – a livre e amaldiçoada necessidade de lograr novos horizontes.
O que eu quero viola preconceitos, visões pequenas e raízes profundas. À qualquer julgamento prevaleço calado. E sigo.
O que eu quero é viajar; mas viajar de verdade, com verdade e por novas verdades. Despir-me de fronteiras e rotas – ser um sopro de vento entre árvores. Tão livre e tão cativante.
O que eu quero, mesmo, é olhar para frente e saber que amanhã estarei lá.
(Marcelo Penteado)